1. Preparação

 

(III) Ler para ter inspiração

 

 

Ler abundantemente também é bom para se ter ideias – melhor do que mídias visuais, pois se tem mais tempo para deixar o lado e se de sua mente viajar louca e livremente. Confesso, livros que sugerem temas [interessantes], mas falham em desenvolvê-las não me incomodam nem um pouco. É aí que eu entro! Sendo egoísta, sempre prefiro um fracasso inspirador a um sucesso.

 

Ficar completamente obcecado por um romance específico ou só um autor não é bom. Pode até ser necessário, uma fase pela qual todos precisam passar, mas você não se torna um escritor até emergir do outro lado. Portanto, tudo bem, lide com a obsessão d'O Código Da Vinci ou a fase do Harry Potter – para mim, foi Edgar Alan Poe e O Senhor dos Anéis – mas continue lendo outras coisas também. Uma única influência é uma má influência!

 

Sempre sugiro ler além do seu próprio gênero preferido. Gostaria de ter mais tempo para fazer o mesmo. Tudo o que escrevo é ficção especulativa, em maior parte fantasia, mas meus personagens provavelmente serão inspirados em personagens de ficção policial, drama familiar ou biografias.

 

(Ou meio-inspirados – mais sobre personagens adiante)

 

Para um autor de fantasia, não ficção histórica pode ser uma ótima fonte de inspiração. Se escrever uma história de fantasia com um quê de romance histórico, estará pesquisando sobre uma respectiva época de qualquer maneira. Contudo, para ideias em geral de fantasia, recomendo ler vários períodos da História – e lê-los com um ponto de vista do e se.

 

Guias de viagem parecem me ajudar também, mas pode ser apenas porque gosto de lê-los.

 

Ler amplamente é bom para um escritor de ficção científica também, mas há uma boa razão para se manter atualizado com o que está acontecendo neste universo literário: mais do que em qualquer outro gênero, a ficção científica depende de novas ideias e deixa as velhas para trás. Nenhum personagem bem desenvolvido ou cenas de ação interessantes podem redimir uma história na qual um homem viaja de volta no tempo e mata seu próprio avô. A trama já foi exaustada – parta para outra! Ou acrescente uma reviravolta inesperada. Significa que, novamente, precisa descobrir o que já foi feito.

 

Quanto a pergunta de-onde-vem-as-ideias, bem, ainda não respondi. Será que alguém poderia inventar logo uma técnica de meditação transcendental…?